Câmara Municipal presta homenagens ao Monsenhor Osvaldo Lage e às Irmãs Silva

Muita emoção! Esse foi o clima que tomou conta da Câmara Municipal de Pará de Minas, na noite desta quinta-feira, 1º de dezembro. Duas solenidades aconteceram no plenário da Casa para homenagear ilustres personalidades pará-minenses: Monsenhor Osvaldo Ribeiro Lage e as cantoras Hilda Terezinha e Geralda Patrícia Silva. O evento contou com a presença dos vereadores, amigos e familiares dos homenageados.

Câmara Municipal presta homenagens ao Monsenhor Osvaldo Lage e às Irmãs Silva.
A cerimônia foi aberta pelo presidente da Câmara, vereador Geovane Correia, para afixação do retrato de Monsenhor Osvaldo Ribeiro Lage na Galeira de Benfeitores. O projeto de resolução desta homenagem foi proposto pelo vereador Geraldo Luiz Batista e aprovada por unanimidade pelos parlamentares. Um vídeo mostrou a trajetória de vida admirável do filho ilustre, que muito contribuiu para o crescimento do município.

Osvaldo Ribeiro Lage nasceu em Pará de Minas, no dia 29 de abril de 1924 e cursou as séries iniciais no Grupo Escolar Torquato de Almeida e no Ginásio São Geraldo. Em 10 de dezembro de 1946 formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, atuando como advogado de 1947 a 1961. De volta a Pará de Minas em 1950, tornou-se presidente do Centro Literário Pedro Nestor, conselheiro e presidente do Paraense Esporte Clube e professor de história e português no Ginásio São Francisco. De 1950 a 1954, foi vereador e, em 1951, assumiu a presidência da Câmara Municipal. De 31 de janeiro de 1955 a 31 de janeiro de 1959, foi prefeito de Pará de Minas pela coligação PSD/PTB. Gestor visionário, entre inúmeras realizações, o prefeito Osvaldo Lage criou o 1º Plano Diretor do município e organizou a gestão pública para os próximos 50 anos. Em 1962, foi para Juiz de Fora e ingressou no Seminário Maior Redentorista da Floresta para cursar filosofia, iniciando seus estudos para sua ordenação sacerdotal, que ocorreu na Catedral Metropolitana de Juiz de Fora, em 2 de julho de 1967, quando tinha 43 anos. Em 1982, Padre Osvaldo Lage recebeu o título de Monsenhor. No dia 27 de setembro de 2015, os pará-minenses receberam a triste notícia de sua morte. No dia 28, seu corpo foi trasladado de Juiz de Fora para Pará de Minas, sendo velado no Santuário de Nossa Senhora da Piedade e sepultado dentro da capelinha do Cemitério Santo Antônio. Admirado por todos, com uma louvável trajetória de vida buscando o bem comum, a propagação da fé e das boas virtudes, deixou saudades e o exemplo de bondade e humildade, marcando seu nome para sempre na memória de Pará de Minas.

A sobrinha do Monsenhor Osvaldo Lage, Tânia Maria dos Santos Lage falou em nome da família. “É com muita alegria que participamos desta homenagem, pois Tio Osvaldo amava nossa cidade, mesmo passando grande parte de sua vida longe de Pará de Minas. Era muito atualizado e conversava sobre todos os assuntos, mesmo aos 91 anos. É o reconhecimento de sua trajetória de vida sempre pautada no bem comum e também por tudo que fez por Pará de Minas. Estamos orgulhosos por ele”.

A solenidade prosseguiu com a homenagem às Irmãs Silva, Hilda Terezinha e Geralda Patrícia. O projeto de resolução aprovado também, por unanimidade pela Câmara, foi proposto pelos vereadores Dilhermando Rodrigues Filho (Dilé) e Leandro Alves.

A paixão pela música é uma paixão pela vida inteira, possivelmente transmitida pelos genes. O pai tocava acordeon. A mãe sempre cantava enquanto cuidava da lida diária. E, por anos formaram um coral com seus os irmãos, o Coral dos Irmãos Silva. Hilda participou do Coral Arte Nossa por 20 anos, está no Coral Bitencourt há 14 e, desde os 14 anos, no Coral Nossa Senhora da Piedade. Geralda está nos dois corais Nossa Senhora da Piedade e Bitencourt há 7 anos. Integram também o Grupo Jacó, formado por uma parte do Coral Bitencourt, que canta na Igreja de Nossa Senhora da Conceição há dois anos. Hilda e Geralda, amigas, irmãs que cuidam uma da outra, são preciosidades raras, seres iluminados que transbordam ternura e afeto por onde passam, além de muito talento.

E para abrilhantar ainda mais a noite, o Coral Nossa Senhora da Piedade fez uma belíssima apresentação cantando as composições “Amo-te muito” de João Chaves; “Uirapuru” de Murilo Latini e Jacobina e “Ave Maria” de Adenor João Terra, que as Irmãs Silva chamam carinhosamente de “Ave Maria dos Sinos”. Para completar as surpresas que tanto emocionaram nossas cantoras, um vídeo contando a história delas foi apresentado ao público. Em seguida, Hilda e Geralda receberam de Leandro e Dilé, uma placa contendo os seguintes dizeres: “A Câmara Municipal de Pará de Minas presta homenagem às Irmãs Silva, Hilda Terezinha Silva e Geralda Patrícia Silva, em reconhecimento ao inigualável talento musical da dupla, ao crisma e singularidade, e pela valiosa contribuição no fortalecimento da cultura de Pará de Minas”. As Irmãs Silva também receberam flores do presidente Geovane Correia e do vereador Silésio Mendonça.

Emocionada com a homenagem, Hilda Terezinha disse que estava tão feliz, que não encontraria palavras para agradecer tamanho reconhecimento e carinho. Geralda disse que seu coração parecia explodir de tanta alegria. “Agradecemos a todos que contribuíram com nossa formação musical, aos amigos que fizemos nos corais e nos palcos, aos nossos familiares e amigos que nos incentivam, bem como a todos que prestigiam nosso trabalho”.

“Realizo esse evento com o coração cheio de alegria e de gratidão pelas oportunidades que tive como vereador e presidente desta Casa, sendo a de participar deste momento umas das que estão entre as mais especiais. Será a última sessão solene deste ano, e ela fecha brilhantemente nosso trabalho, neste mandato, de valorizar nossa gente e suas contribuições à nossa querida Pará de Minas, uma entre nossas diversas funções. Há pessoas que trazem um brilho suave, porém infindo, que ilumina o mundo à sua volta. “É o brilho silencioso de uma alma nobre e grandiosa. Com ele, o mundo fica mais bonito”, diz o texto que ilustrou o convite desta cerimônia. E o brilho, verdadeiro, permanece, mesmo quando a pessoa se vai deste mundo, como é o caso do querido Monsenhor Osvaldo Lage. E que maravilha contar, aqui entre nós, com o brilho das Irmãs Silva. Que Deus as abençoe hoje e sempre!” concluiu o presidente Geovane Correia.